Jura, que não vais viver uma aventura

A ideia que tenho é que um cargo como o de presidente de uma câmara municipal (seja ela qual for) é algo que exige um elevado esforço, dedicação e sentido de responsabilidade. Não me parece que seja algo que se possa assumir apenas por vaidade ou capricho pessoal. Por isso me choca que um candidato à presidência de uma câmara municipal (ainda por cima do concelho onde vivo) assuma que a sua candidatura é uma “aventura”. É certo que o referido candidato nunca concretizará essa aventura, em primeiro lugar porque o projecto político que representa é contrário aos interesses do Seixal e, em segundo, porque os seixalenses sempre preferiram a responsabilidade e compromisso ao aventureirismo. Ainda assim me pergunto, sendo provável que venha a ser eleito vereador, tendo em conta os resultados do seu partido nos últimos anos, se irá submeter-se a essa aventura, mais aborrecida, imagino, de ocupar esse cargo. Mais até porque diz que tem como prioridade a advocacia.
Por outro lado é enfatizada a campanha eleitoral e a forma em detrimento do projecto e dos ideais, o ganhar eleições por ganhar, em vez de querer ganhar para fazer, seja o que for, ou a vontade de querer “mudar a minha vida”, a dele, entenda-se. É preciso conhecer muito mal o Seixal e os seus cidadãos para pensar que esta estratégia, eventualmente eficaz no terceiro mundo ou em locais de uma democracia de fachada e pouco amadurecida, poderia ter qualquer efeito positivo aqui.

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