domingo, 5 de julho de 2009




2 comentários:

Júlio Almas disse...

Quero agradecer a todos os que expressaram a preocupação em relação ao assunto e o tomaram como sério e urgente.

Escrevo pelo facto de achar que muitos de vós não estarão a compreender na totalidade o que referi na carta ao senhor director do Jornal do Seixal.
Preocupa-me o facto de alguns de vós, entenderem este problema como um problema político quando existe um problema muito mais complexo que nos envolve a todos sem excepção.
Vejo, é claro, a responsabilidade dos nossos políticos. Vejo-a neles como a vejo em mim e em todos nós. No entanto compreendo que deleguem nos políticos a responsabilidade de serem por nós responsáveis.
É certo de que os nossos responsáveis políticos regionais, não se apercebem do que tem internamente, mas se não lhe chegar a informação necessária para que actuem em conformidade, nunca saberão que existe algo mais do que parece existir. Pois, eles também lêem os nossos jornais e como todos nós, não se apercebem do que lhes passa mesmo ao lado.
E afirmo o facto de que isto não é exclusivo do nosso concelho. Isto é exclusivo de todos os municípios que constituem no seu todo, o país que temos e as pessoas que temos.
Vi, recentemente, a notícia de que a nossa grande pianista Maria João Pires está prestes a renunciar à nacionalidade portuguesa. Vi apontado o dedo às constantes politicas nacionais em relação à cultura. É verdade que têm a sua quota-parte de culpa.
Mas serão eles os únicos culpados de tão terrível situação?
Não posso expressar a minha opinião objectiva sobre tal artista pois declaro-me um apaixonado de Chopin e, consequentemente, da Maria João Pires. Mas quantos de vós podem dizer que não estão a ver a apresentação em directo do nosso Cristiano, em detrimento da notícia secundaríssima da nossa pianista?
O que quis dizer e reforço, é que é de todos nós a responsabilidade de preservar e aliciar o esforço cultural dos nossos munícipes.
São os tablóides locais, os meios primários que possuem as ferramentas para o fazer. Se me indigno por me expressar contra o facto de um director de um jornal regional, não fazer esforços de construtivismo noticioso cultural, é porque vejo neles o primeiro travão ao desenvolvimento cultural neste município.
No entanto, fico contente pelo facto de todos os que expressaram a sua opinião, de o fazerem de forma construtiva. Mesmo que o tenham feito erradamente, demonstram a preocupação de que temos todos de fazer mais e melhor.
Fico profundamente triste por o senhor director do Jornal do Seixal expressar-se contra mim de forma tão destrutiva e incompreensível. De ter pensado que falo em meu nome e estivesse à espera que o senhor me colocasse na 3ª página do seu jornal com fins promocionais e pessoais.
Como já devem ter percebido, não necessito, agora, de nenhum empurrão dos meus munícipes, dos meus jornais ou dos meus políticos. Mas existem muitos jovens, como o nosso jovem designer, que necessitam do nosso apoio para construírem uma brilhante e merecida carreira, seja qual for a área dos seus trabalhos.
Quero, aproveitar, para comunicar a todos vós que de todos os meios de comunicação social a quem enviei a Carta Aberta, só alguns dos blogues municipais se interessaram pela Carta e a publicaram. De todos os jornais e rádios municipais e regionais a quem enviei a carta, só um é que me respondeu.
Peço desculpas pelo facto de ter referido o Boletim Municipal na Carta e de este ter sido o único jornal a quem me esqueci de enviar a Carta. Ao Boletim Municipal, as minhas desculpas.

Anónimo disse...

Tanto o PS como o PSD não postam forte no concelho do Seixal - A derrota é quase inevitável, ainda assim acredito que este concelho tem pessoas com melhor perfil político dos que os candidatos que apresentam.
Gostava que este concelho tivesse uma oposição pela positiva, não é necessário ser do contra só porque não simpatizamos com a forma.
No entanto algo me deixa estranhamente confuso - sabendo estou melhor representado pela força politica que ganha neste concelho, a politica dos lobbies que muitas vezes a CDU coordena, só satisfaz esta oposição à direita.
Será que isso impede melhores apostas do PS e PSD, ou é por simplesmente não existe melhor que estes.
O BE, enquanto força política a assumir o seu espaço, apresenta um candidato que poderá dar a esta campanha um tom mais político, porque até agora o PS e a Direita optaram pela mesquinhez da política ao nível dos seus candidatos.
Mudar estas forças de bloqueio da inteligência torna-se urgente, só assim se pode exigir à CDU uma gestão mais virada à cultura e aos seus munícipes.

È urgente recriar outra imagem em nome da diferença que nos orgulha amigos da CDU.