segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SALAZAR NÃO FARIA DIFERENTE!!!

A atitude dos Vereadores do Partido dito Socialista na Câmara Municipal do Seixal durante a última Greve dos trabalhadores da Administração Local fez-me recordar uma velha canção do Sérgio Godinho que questionava "como é que gente tão socialista desiste de fazer o socialismo". E fez-me lembrar, não porque considere os referidos Vereadores como Socialistas, porquanto entendo que no Partido Socialista já não há socialistas..., mas porque ainda pensava que no Partido dito Socialista ainda havia pessoas que tinham respeito pelos direitos dos trabalhadores. A atitude dos referidos Vereadores ditos Socialistas demonstra que não ... e que os actuais ditos Socialistas nem respeitam que os trabalhadores tenham direito à greve!
É que fazendo os ditos Vereadores parte do executivo camarário, representam a entidade patronal dos trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal. Acontece que os Vereadores, ditos Socialistas, no dia anterior à greve, enviaram da Câmara uma mensagem aos trabalhadores a apelarem ao boicote à Greve, utilizando para o efeito os endereços de correio electrónico dos trabalhadores, endereços esses que só podem ser utilizados para questões internas da Câmara...
Estou a imaginar o que diriam os Vereadores ditos Socialistas se o meu camarada Alfredo Monteiro tivesse enviado aos trabalhadores uma mensagem de apoio à Greve... Mas palavras para quê, se Salazar era contra as greves, estes ditos Socialistas também o são!!!!
Mas, como os trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal, aderiram maciçamente à Greve, os ditos Socialistas foram provocar o piquete de Greve e como não surtisse efeito tal provocação queriam que o edifício camarário ficasse aberto apenas para os senhores vereadores permanecerem no mesmo... Mas porque razão queriam ficar no edifício, quando nos restantes dias raramente lá vão???.
Mas a cretinice destes ditos Socialistas não terminou e foram para a Assembleia Municipal apresentar uma moção a exigir que o Presidente da Câmara apresentasse desculpas aos Vereadores Socialistas...
Ao que isto chegou!!!
Moções destas só demonstram a ignorância destes Senhores que não sabem sequer as competências do Órgão para o qual foram eleitos, porquanto a Assembleia Municipal não pode obrigar o Presidente da Câmara a fazer nada, muito menos a pedir desculpas aos referidos vereadores!!!... Mas o mais engraçado é que o PSD e o CDS dizendo que a Assembleia Municipal não tinha competência para aprovar uma Moção com aquele teor, acabaram por votar favoravelmente a mesma, demonstrando que a cretinice e ignorância neste concelho é comum ao PS, ao PSD e ao CDS... É evidente que tal Moção foi rejeitada, mas não deixou de ser a questão mais idiota alguma vez debatida na Assembleia Municipal.
Tudo isto é triste, mas tudo isto demonstra o que representa o actual Partido dito Socialista.
Fico agora à espera das “birras” que os referidos Vereadores ditos socialistas vão fazer na Greve Geral de dia 24 de Novembro.
Antes de terminar este artigo não quero deixar de referir uma boa noticia, numa época em que o Governo do PS anuncia um brutal aumento de impostos, a Câmara Municipal do Seixal da CDU aprova uma descida do IMI e da derrama sobre o IRC das pequenas empresas... Esta descida de impostos decidida pela maioria Comunista na Câmara Municipal do Seixal é tanto mais relevante porque ocorre numa altura em que o governo corta nas verbas para as autarquias e não paga mais de cinco milhões de euros que deve à Câmara Municipal do Seixal.
Esta descida de impostos comprova uma realidade que só não vê quem não quer, é que os trabalhadores e o povo deste País apenas podem contar com os comunistas para a resolução dos seus problemas.

A máquina de fazer pobres

Com a devida vénia ao meu grande amigo João Carlos, reproduzo, pela sua pertinência, o texto que o mesmo me enviou:

"E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?

Almeida Garrett in Viagens na Minha Terra


Esta pergunta está por responder, apesar de ter sido feita em 1846. Apenas se sabe que são muitos. São milhões, para dizer a verdade. Eram-no em 1846, são-no em 2010. E, pelo que sabemos, serão muitos mais, já a partir de Janeiro de 2011. A partir, até, do próximo minuto.

Os economistas políticos, os moralistas, os engenheiros, os senhores doutores que têm opinião sobre tudo, os que governam, os que governaram e os que desejam governar, não querem responder a isto, mas sabem a resposta. Por uma simples razão: eles são a máquina que produz os pobres. Os pobres de ontem, os de hoje, os de amanhã. Os de sempre. Os que nasceram e morreram na miséria.


Ao reduzirem os salários e as pensões dos portugueses, mas deixando intocáveis os dividendos das grandes empresas, cujos lucros fabulosos resultam da factura que, todos os meses, apresentam aos consumidores, o senhor Presidente da República (por omissão), o senhor primeiro-ministro, os senhores deputados que suportam o governo, o senhor Passos Coelho e restante direita parlamentar, com destaque desenroso para um partido que se alcunha a si próprio de «esquerda e socialista», constituíram-se numa sinistra linha de montagem de mais umas centenas de milhares de pobres. A acrescentar aos mais de 2 milhões que temos.


A República nasceu em 1910. A Liberdade trouxe a Democracia em 1974.

Sim? E depois?"