Não estarei no Campo Pequeno porque já estou demasiado comodista para andar nos comícios, mas tal facto não me impede de junto de cada pessoa conhecida e amigos apelar à participação no acto eleitoral, por forma a impedir que a Manuela Ferreira Leite ganhe as eleições e do mesmo modo impedir a maioria absoluta do PS. Espero pois que a CDU venha a obter um excelente resultado e que não perca votos para o BE.
As más condições dos estágios em Portugal, frequentemente não remunerados e com grandes exigências profissionais, são vistas pelos sociólogos como um modo moderno de escravatura.
Os estagiários mantém “a vida em suspenso”, diz Natália Alves, socióloga e professora auxiliar na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, entrevistada pela Lusa.
Esta especialista dá o exemplo do curso de Direito, no qual, após cinco anos de estudo, os licenciados têm “mais dois anos em que se trabalha a custo zero”, obrigando os jovens a “protelarem os seus projectos de vida”.
A mesma especialista denuncia a prática de não pagar aos estagiários sob o pretexto de que estes estão a efectuar formação como sendo “uma exploração da mão-de-obra”.
"Se é certo que eles [os estagiários] não são tão produtivos como um advogado com experiência, a verdade é que eles produzem", diz.
"A palavra exploração, com todo o seu sentido e significado, é a que melhor se adequa a estas situações. É uma exploração de colarinho branco e nem mesmo me repugna o uso do termo escravatura", concluiu.
Elísio Estanque, investigador do Centro de Estudos Sociais, mostrou-se apreensivo por seu turno com a condição dos estagiários.
Para o investigador, esta situação "insere-se no problema mais geral da precariedade crescente no mercado de trabalho" e é "o reflexo de culturas de prepotência e de abuso de poder".
Em declarações à Lusa, Elísio Estanque assinalou "num cenário de incerteza e de pessimismo face ao futuro, as empresas tentam proteger-se, aproveitando os recursos mais à mão e menos dispendiosos", mas essa situação é passível de gerar "insatisfação, mal-estar e desmotivação pelo trabalho, acentuando o pessimismo e também o individualismo negativo suportado por sentimentos de ansiedade e de medo".
O problema atinge "um amplo leque de situações e categorias sócio-profissionais" e, "se não for travado e interdito rapidamente, pode redundar em novas formas de rebelião e revoltas de consequências imprevisíveis", antevê.
"Em termos políticos, tais situações põem em risco a consolidação da cidadania, o que, aliás, vem acontecendo, levando as camadas mais jovens ao desinteresse pela vida cívica e política", alertou Elísio Estanque
6 comentários:
Não estarei no Campo Pequeno porque já estou demasiado comodista para andar nos comícios, mas tal facto não me impede de junto de cada pessoa conhecida e amigos apelar à participação no acto eleitoral, por forma a impedir que a Manuela Ferreira Leite ganhe as eleições e do mesmo modo impedir a maioria absoluta do PS. Espero pois que a CDU venha a obter um excelente resultado e que não perca votos para o BE.
Eu estive presente ... e foi 1 comicio memorável!
Força CDU!!!
Voto CDU sempre! mas peço uma CDU mais moderna, mais jovial que capte a atenção da juventude portuguesa.
As más condições dos estágios em Portugal, frequentemente não remunerados e com grandes exigências profissionais, são vistas pelos sociólogos como um modo moderno de escravatura.
Os estagiários mantém “a vida em suspenso”, diz Natália Alves, socióloga e professora auxiliar na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, entrevistada pela Lusa.
Esta especialista dá o exemplo do curso de Direito, no qual, após cinco anos de estudo, os licenciados têm “mais dois anos em que se trabalha a custo zero”, obrigando os jovens a “protelarem os seus projectos de vida”.
A mesma especialista denuncia a prática de não pagar aos estagiários sob o pretexto de que estes estão a efectuar formação como sendo “uma exploração da mão-de-obra”.
"Se é certo que eles [os estagiários] não são tão produtivos como um advogado com experiência, a verdade é que eles produzem", diz.
"A palavra exploração, com todo o seu sentido e significado, é a que melhor se adequa a estas situações. É uma exploração de colarinho branco e nem mesmo me repugna o uso do termo escravatura", concluiu.
Elísio Estanque, investigador do Centro de Estudos Sociais, mostrou-se apreensivo por seu turno com a condição dos estagiários.
Para o investigador, esta situação "insere-se no problema mais geral da precariedade crescente no mercado de trabalho" e é "o reflexo de culturas de prepotência e de abuso de poder".
Em declarações à Lusa, Elísio Estanque assinalou "num cenário de incerteza e de pessimismo face ao futuro, as empresas tentam proteger-se, aproveitando os recursos mais à mão e menos dispendiosos", mas essa situação é passível de gerar "insatisfação, mal-estar e desmotivação pelo trabalho, acentuando o pessimismo e também o individualismo negativo suportado por sentimentos de ansiedade e de medo".
O problema atinge "um amplo leque de situações e categorias sócio-profissionais" e, "se não for travado e interdito rapidamente, pode redundar em novas formas de rebelião e revoltas de consequências imprevisíveis", antevê.
"Em termos políticos, tais situações põem em risco a consolidação da cidadania, o que, aliás, vem acontecendo, levando as camadas mais jovens ao desinteresse pela vida cívica e política", alertou Elísio Estanque
É com muita saudade que o camarada OTELO já não está no activo.
Essa é mais uma que devemos ao PSD.
Todas as cautelas são poucas.É fundamental desmascarar os candidatos do PS e PSD para a autarquia do Seixal.
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